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Acusações de Trump em investigação comercial contra o Brasil fazem sentido?

EUA abrem investigação comercial contra Brasil por supostas práticas desleais. Acusações vão desde tarifas preferenciais até desmatamento ilegal e proteção inadequada de propriedade intelectual.

Investigação comercial dos EUA contra o Brasil se justifica por tarifas preferenciais injustas, proteção inadequada dos direitos de propriedade intelectual, e falta de combate ao desmatamento ilegal. Essas alegações ocorreram após a aplicação de uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras.

O embaixador do comércio dos EUA, Jamieson Greer, relatou que consultou várias agências e tomou a decisão de investigar as barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil. O Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) listou problemas como as regras sobre o Pix e a questão do desmatamento.

Especialistas consideram que a investigação tem também um caráter político, servindo para proteger interesses americanos. Guilherme Klein Martins destaca que a movimentação visa justificar as tarifas impostas contra o Brasil.

O foco da investigação inclui:

  • Comércio digital e serviços de pagamento: O Brasil é acusado de práticas prejudiciais, como a responsabilidade das plataformas digitais por conteúdo ilegal.
  • Tarifas preferenciais: Acusações de tratamento injusto a produtos de países como Índia e México em detrimento dos EUA.
  • Fiscalização anticorrupção: Deficiências na aplicação de medidas anticorrupção que afetam a competitividade das empresas americanas.
  • Proteção à propriedade intelectual: Queixas sobre pirataria e a morosidade na análise de patentes no Brasil.
  • Etanol: O Brasil impôs tarifas altas ao etanol americano, causando desvantagens aos produtores dos EUA.
  • Desmatamento ilegal: Críticas à incapacidade do Brasil em efetivamente controlar o desmatamento, o que gera vantagens competitivas injustas.

As reivindicações dos EUA, especialmente sobre desmatamento, são vistas como hipocrisia e um desafio à soberania brasileira. Segundo Márcio Astrini, especialistas veem isso como uma ameaça à autonomia do Brasil na gestão ambiental.

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