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Acordo EUA-Ucrânia não tem garantias de segurança contra ataques da Rússia; veja os detalhes

Trump e Zelensky assinam acordo de exploração mineral, mas sem garantias de segurança à Ucrânia. A iniciativa visa impulsionar a recuperação econômica do país, enquanto complica as relações com a Rússia.

Trump e Ucrânia firmam acordo mineral sem garantias de segurança

No Salão Oval, em fevereiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, condicionou as garantias de segurança para a Ucrânia à assinatura de um acordo de exploração de recursos minerais. Este acordo, firmado nesta quarta-feira, não inclui as garantias de segurança solicitadas por Kiev.

Trump considera o acordo uma forma de Kiev "pagar" pelos bilhões em ajuda econômica e militar desde a invasão russa em fevereiro de 2022. A previsão é que o acordo abra caminho para apoio contínuo dos EUA e um possível cessar-fogo com a Rússia.

O texto estabelece que os EUA terão direitos preferenciais, mas não exclusivos, sobre a exploração de recursos como terras raras, titânio e lítio na Ucrânia. A ministra da Economia da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, afirmou que todos os recursos permanecem com o país.

Este acordo encerra meses de negociações, pretende dar a Trump participação no destino da Ucrânia e poderá abrir caminho para novas discussões sobre apoio militar. Entretanto, ainda precisa da aprovação do Parlamento ucraniano.

Principais pontos do acordo:

  • Criação de um fundo controlado pelos EUA para exploração de recursos naturais da Ucrânia.
  • Os EUA inicialmente exigiram participação de US$ 500 bilhões em troca de ajuda, mas essa ideia foi removida no acordo final.
  • Acordo mantém a porta aberta para a adesão da Ucrânia à União Europeia.

A Ucrânia possui mais de 100 depósitos de minerais essenciais e cerca de 5% dos recursos minerais e terras raras do mundo. O Departamento do Tesouro dos EUA celebrou o acordo, sinalizando compromisso com a paz e o fortalecimento da Ucrânia.

A Rússia, através do porta-voz Dmitry Peskov, reagiu com ceticismo e criticou a urgência dos EUA por um cessar-fogo, afirmando que Kiev deve dialogar diretamente com Moscou.

O tom do anúncio americano foi mais duro em relação à Rússia, destacando a defesa de uma "Ucrânia pacífica, soberana e resiliente".

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