HOME FEEDBACK

Acordo EUA-Japão pode dificultar abertura de mercado japonês para carne brasileira, avalia governo

Acordo entre EUA e Japão pode complicar acesso da carne brasileira ao Japão. Autoridades brasileiras recomendam intensificação de negociações para garantir quotas de produtos nacionais.

Acordo Comercial EUA-Japão pode dificultar abertura do mercado japonês à carne brasileira, segundo análise de autoridade brasileira.

Em 2022, o Japão importou cerca de 70% de sua carne bovina dos EUA e da Austrália, e o recente acordo com o governo de Donald Trump pode consolidar ainda mais esse acesso.

Durante a visita de Lula a Tóquio, em março, o objetivo foi avançar na aceitação da carne brasileira, a qual tem tentado abrir o mercado desde 2005.

O envio de uma missão de inspeção sanitária aos frigoríficos brasileiros é um passo crucial. Em junho, auditores japoneses já realizaram uma auditoria in loco em várias regiões do Brasil.

O Brasil intensificou esforços em 2024, ao receber o ex-primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. Lula brincou sobre levar o líder a uma churrascaria.

A porta-voz do Japão, Maki Kobayashi, destacou o status sanitário do Brasil como um fator relevante para a abertura do mercado.

Com o acordo recente, as importações do Japão terão uma tarifa de 15%, reduzida de 24%. Além disso, está previsto um aumento na importação de arroz e outros bens dos EUA.

A análise indica que o aumento da demanda por etanol no Japão poderá beneficiar o etanol americano em detrimento do brasileiro, que já enfrenta limitações de oferta.

A autoridade recomenda acelerar os diálogos bilaterais com o Japão para garantir quotas para carne e etanol brasileiro, enfatizando a sustentabilidade do Brasil.

Embora o acordo traga desafios, há oportunidades, como discussões em biometano e projetos de conservação. A diversificação de mercados e o investimento em inovação são fundamentais para manter a competitividade frente a possíveis retaliações.

Leia mais em folha