Acordo com Trump é alvo de críticas de políticos e empresários europeus: 'submissão'
Críticas à aliança entre a UE e os EUA intensificam-se na Europa, com líderes políticos destacando a vulnerabilidade do bloco. O acordo, embora tenha animado os mercados financeiros, enfrenta resistência por sua suposta submissão a interesses norte-americanos.
Acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos, fechado no domingo, gera reações negativas na Europa nesta segunda-feira.
O primeiro-ministro da França, François Bayrou, criticou o acordo, chamando-o de capitulação da UE e um “dia sombrio”.
Bayrou afirmou em rede social que a aliança de povos livres se resignou à submissão.
Líderes da extrema-direita na França e na Alemanha também atacaram o acordo, que impõe uma tarifa de 15% à maioria das exportações da UE para os EUA. Alice Weidel, co-líder da AfD, comentou que o acordo é um “tapa na cara” dos consumidores e produtores europeus.
A Federação das Indústrias Alemãs alertou que o acordo representa um “compromisso inadequado”, prejudicando a indústria orientada à exportação da Alemanha.
A reação negativa ocorreu apesar do aumento nos mercados de ações, com investidores vendo o acordo como uma redução da insegurança sobre o comércio global.
O presidente dos EUA, Donald Trump, havia ameaçado tarifas de 30% à UE caso não houvesse acordo até 1º de agosto.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o acordo traz certeza em tempos incertos para cidadãos e empresas.
Como parte do acordo, a UE concordou em investir centenas de bilhões de dólares em produtos energéticos e armamentos dos EUA.