Acordo com quatro filhos, ex-nora e ex-genro de Maluf garante indenização de R$ 210 milhões a SP
Acordo com a família de Paulo Maluf garante indenização de R$ 210 milhões ao município, mas investigações sobre desvios continuam. O ex-prefeito enfrenta diversas ações civis e um histórico de condenações relacionadas a corrupção e lavagem de dinheiro.
Acordo de não persecução cível firmado pelo Ministério Público de São Paulo nesta terça-feira, 29, com a família do ex-prefeito Paulo Maluf, garante o pagamento de R$ 210 milhões ao Município.
O pacto envolve quatro filhos, uma ex-nora, um ex-genro, uma offshore do Uruguai, e um banco brasileiro que comprou ações da Eucatex.
O promotor Silvio Antônio Marques destacou que o acordo não encerra as ações civis contra Maluf, que continuam em relação a superfaturamento e pagamento de propina em sua gestão (1993-1996).
Maluf e empresas são acusados de desvios de mais de US$ 300 milhões relacionados à construção do Túnel Ayrton Senna e da Av. Água Espraiada.
Até agora, a Promotoria conseguiu recuperar cerca de US$ 160 milhões (aproximadamente R$ 819 milhões) para os cofres públicos.
Na esfera criminal, Maluf foi condenado a 7 anos e 9 meses de prisão por lavagem de dinheiro, mas está em prisão domiciliar humanitária.
Há uma ordem de prisão pendente, exposta em 2007, solicitada pela Promotoria de Nova York, relacionada à mesma acusação.
Além disso, Maluf e sua esposa foram condenados na França a três anos de prisão e multa.
A família confirmou o acordo através de nota e ressaltou que busca encerrar os processos judiciais, destacando uma solução jurídica benéfica. O advogado Eduardo Diamantino mencionou a postura colaborativa da família e a importância do acordo.
O Tojal Renault Advogados também esteve presente, auxiliando na negociação e na participação do banco BTG Pactual na Eucatex.