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Ações sobem e euro ganha força após acordo entre EUA e União Europeia

Acordo comercial entre EUA e União Europeia alivia tensões no mercado, impulsionando as ações globais e fortalecendo o euro. Expectativa de novas negociações comerciais e políticas monetárias prometem movimentar os mercados nas próximas semanas.

Ações globais subiram nesta segunda-feira (28), com o euro se fortalecendo após um acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia.

Os futuros dos índices de Wall Street, S&P 500 e Nasdaq, tiveram ganhos de 0,4% e 0,5%, respectivamente. O euro se valorizou em relação ao dólar, libra esterlina e iene. Futuros europeus subiram quase 1%.

O acordo reduz a tarifa de importação sobre a maioria dos produtos da UE para 15%, metade da taxa de 30% inicialmente ameaçada. Há uma semana, o Japão também firmou um acordo comercial com os EUA.

As bolsas asiáticas reagiram positivamente. O índice MSCI subiu 0,27%, enquanto o Nikkei caiu 0,8%, mas havia alcançado a máxima de um ano a semana passada.

Segundo Prashant Newnaha, estrategista da TD Securities, as concessões do acordo não representam uma verdadeira negociação, sendo uma “grande vitória para os EUA”.

O Brasil está buscando um acordo com o governo Trump para evitar uma sobretaxa de 50%, mas sem concessões políticas em relação a Jair Bolsonaro.

A tarifa de 15% na Europa é considerada alta, mas há uma percepção de que a situação poderia ser pior. O acordo evita uma guerra comercial maior entre EUA e UE, que representam um terço do comércio global, segundo Marc Velan.

As ações blue-chip da China subiram 0,3% e o índice Hang Seng de Hong Kong avançou 0,75%. O dólar australiano, visto como indicador de apetite por risco, estava a US$ 0,657.

Os investidores aguardam reuniões do Federal Reserve e do Banco do Japão, bem como o relatório mensal de emprego dos EUA e resultados de empresas como Apple, Microsoft e Amazon.

Embora se esperem taxas inalteradas, os comentários dos bancos centrais serão cruciais para entender a trajetória das taxas de juros. As tensões entre a Casa Branca e o Fed aumentaram, com Trump criticando os juros.

Após o acordo EUA-UE, os preços do petróleo subiram 0,5%, enquanto os preços do ouro caíram para o menor nível em quase duas semanas, refletindo a diminuição do apetite por ativos de refúgio.

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