Ações ligadas à economia do Brasil disparam após prévia da inflação
Os setores mais afetados pela economia interna se recuperam com a divulgação da inflação abaixo do esperado. A queda dos juros futuros e a melhora no IPCA-15 sinalizam um possível fim do ciclo de alta nas taxas.
Ações reagem positivamente à prévia de inflação (IPCA-15), que ficou abaixo das expectativas.
Os setores de varejo, educação e construção lideram os ganhos. Às 10h40:
- CVC (CVCB3): +7,11%
- Magazine Luiza (MGLU3): +5,64%
- Assaí (ASAI3): +4,79%
- Azzas (AZZA3): +4,42%
- MRV (MRVE3): +4,47%
- Cogna (COGN3): +4,21%
- Yduqs (YDUQ3): +3,97%
O IPCA-15 subiu 0,36% em maio, abaixo dos 0,43% de abril e da projeção de 0,44% do mercado.
Essa é a terceira desaceleração seguida do IPCA-15 e a menor variação para meses de maio desde 2020.
A composição do indicador sugere que o ciclo de alta de juros pode ter chegado ao fim, beneficiando ativos ligados à atividade local.
No mercado de juros, já se observam quedas, impulsionadas por alívios nos juros globais.
Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, afirma que os dados do IPCA-15 mostraram melhora qualitativa, com desaceleração em várias categorias.
Ele também destaca que a média móvel indica recuo em serviços e bens industriais.
No entanto, aceleração persiste na comparação interanual para alguns itens.
Com a alta do câmbio e queda de preços das commodities, espera-se redução das pressões inflacionárias no segundo semestre.
A Suno revisou a projeção do IPCA para o final de 2025 de 5,7% para 5,5%, ainda acima da meta de 4,5% para este ano.