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Ações globais recuam após Trump bloquear venda de chips de IA da Nvidia para a China

Mercados internacionais enfrentam pressão com restrições dos EUA à Nvidia, intensificando a guerra comercial com a China. O setor de tecnologia sofrerá impactos diretos, dificultando a estabilidade das ações e reforçando a demanda por ativos seguros.

Ações globais operam em queda nesta quarta-feira (16) devido a restrições de exportação de chips da Nvidia para a China, impostas pelo governo Trump.

O índice europeu Stoxx 600 caiu, e a ASML Holding recuou mais de 7%. Os futuros do Nasdaq 100 caíram mais de 2,3%, com a Nvidia apresentando queda de 7% nas negociações pré-mercado.

O dólar atingiu uma nova mínima de seis meses, enquanto ouro e franco suíço valorizaram. As preocupações com a guerra comercial aumentaram a demanda por ativos de refúgio.

O presidente dos EUA, Donald Trump, iniciou uma investigação sobre tarifas de minerais críticos, o que gerou incertezas adicionais no mercado. Vincent Juvyns, do ING, ressaltou que “não há desescalada entre China e EUA”, reforçando o impacto no setor de tecnologia.

O índice Bloomberg Dollar Spot caiu 0,6%. A libra esterlina teve ganhos reduzidos após dados de inflação do Reino Unido abaixo do esperado. Rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA caíram, aguardando comentários de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve.

Na Ásia, um índice de ações de tecnologia chinesas em Hong Kong caiu até 4,9% com o anúncio da Nvidia, aumentando preocupações sobre as restrições e seus impactos na guerra comercial e no setor de chips.

A Nvidia precisará de licença para exportar os chips H20 para a China, resultando em encargos de cerca de US$ 5,5 bilhões no primeiro trimestre fiscal. Vishnu Varathan, do Mizuho Bank, destacou a volatilidade das tarifas de Trump e o aumento das tensões EUA-China.

Destaques de quarta-feira:

  • Heineken: Vendas caíram 2,1% no primeiro trimestre, mas a empresa reafirmou previsão de lucro de 4% a 8%.
  • Comércio online nos EUA: Temu e Shein tiveram recuperação nas vendas em março e abril.
  • Ouro: Metal precioso subiu 1,89%, ultrapassando US$ 3.291 por onça, com alta de mais de 20% no ano.

Para mais informações, consulte a Bloomberg.

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