Ações ficam mais caras repentinamente semanas antes do Fed
Investidores aguardam com expectativa a reunião do Fed enquanto ações se tornam mais caras. A análise do impacto das tarifas e a possibilidade de cortes de juros influenciam a confiança no mercado.
Rali no mercado acionário torna ações caras novamente, gerando pouca margem para erros antes da reunião do Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feira.
Investidores mudaram de uma redução drástica em ativos de risco para uma busca por recuperação acentuada, uma das mais fortes em 75 anos, impulsionada por lucros resilientes e expectativas de acordos comerciais próximos.
Expectativa geral: O Fed deverá manter a taxa básica de juros estável. Mercados de opções preveem uma variação de 1,1% para o índice S&P 500 durante a reunião.
Investidores seguem atentamente as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, especialmente sobre o impacto das tarifas na economia. Florian Ielpo, da Lombard Odier, alerta sobre surpresas hawkish que podem causar declínios temporários em ativos cíclicos.
A flexibilização quantitativa pode ser reavaliada para estabilizar os mercados, uma necessidade após a forte recuperação das ações. A probabilidade de recessão subiu para 40%, segundo a Bloomberg.
Estrategistas do HSBC Holdings preveem que dados concretos afetarão a economia em breve e esperam um tom mais cauteloso do Fed.
Os operadores projetam três cortes de juros até o final do ano, condicionados à deterioração no mercado de trabalho e falta de inflação, apesar da pressão dos impostos de importação.
Fatores externos, como uma melhor temporada de resultados financeiros e otimismo dos investidores de varejo, animam a expectativa de um alvo de 6.000 pontos para o S&P 500 no curto prazo, segundo a equipe do JPMorgan.
No entanto, eles permanecem céticos quanto ao médio prazo, afirmando que estamos no início de uma desaceleração econômica, embora a retórica negativa da guerra comercial possa estar diminuindo.