Ações do setor financeiro salvam o Ibovespa, mas tendência de alta pode estar em risco
Setor financeiro impulsiona alta do Ibovespa, mas mudanças tributárias podem ameaçar essa tendência. Com ações do Bradesco e Itaú liderando, a bolsa pode enfrentar desafios se a política e a captação de recursos sofrerem alterações significativas.
Setor financeiro impulsiona Ibovespa no início de 2023, registrando alta de 13,9% entre janeiro e maio.
Sem os bancos, a alta cairia para apenas 7% e o índice estaria em 128.703 pontos, em vez de 137.027 pontos no fechamento de maio.
Bradesco e Itaú se destacam como principais responsáveis por essa performance. As ações do Bradesco, com aumento de 18% em maio, contribuíram com 44,6% para o índice, enquanto o Itaú adicionou 28%, totalizando 0,41 ponto percentual na alta.
No mês, Bradesco subiu no ranking de participação, de nono para quinto peso do Ibovespa, enquanto o Itaú tem sido fundamental desde o início do ano.
Tendência em risco: A proposta do governo federal de tributar títulos como LCI e LCA pode afetar o apetite por investimentos no setor financeiro, alterando a competitividade para captação.
Esses títulos, isentos de impostos até agora, poderiam passar a ter 5% de tributação, impactando sua atratividade para investidores.
Se a tendência de alta no setor financeiro se inverter, restariam poucas opções no Ibovespa, com ações como Vale próximas de zero e Petrobras como detratoras do índice.
Mais informações estão disponíveis no Valor Empresas 360.