Ações do Banco do Brasil caem 7% com lucro menor e apreensão com risco de sanções dos EUA
A forte desvalorização das ações do Banco do Brasil está relacionada ao risco de sanções financeiras dos EUA e à queda no lucro líquido. Especialistas alertam que a situação pode intensificar a aversão ao risco entre investidores no setor bancário.
Ações do Banco do Brasil despencam no final do pregão desta sexta-feira, com queda de 7,21%, a R$ 18,28. A desvalorização está ligada à piora no lucro líquido de maio e ao risco de punições dos EUA.
O Ibovespa também recuou 0,57%, ficando em 132.316 pontos.
Conforme relata a colunista Bela Megale, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) dialogou com o Departamento de Estado dos EUA sobre sanções ao ministro do STF, Alexandre de Moraes. A sanção pode proibir operações financeiras em dólares e reais, inviabilizando as contas bancárias do ministro.
Um gestor anônimo expressou receio de que os bancos enfrentem um "fogo cruzado" entre desrespeitar o STF ou o governo dos EUA, resultando em reduções na alocação em ações do setor bancário.
O analista-chefe da Mantaro Capital, Pedro Gonzaga, apontou que a necessidade de sanções eleva a tensão internacional e a aversão ao risco no mercado.
O lucro líquido do Banco do Brasil em maio foi de apenas R$ 500 milhões, abaixo do esperado. Gonzaga destaca que a situação do agronegócio, a demissão do vice-presidente de agro e os comentários do Santander indicam crescimento dos problemas de inadimplência.
O segundo trimestre é crucial, com vencimentos de empréstimos “bullet” do agronegócio, e o BB está, agora, descobrindo o tamanho do problema.