Ações de empresas ligadas ao mercado doméstico se destacam na B3 este ano
A valorização das ações cíclicas na B3 reflete a expectativa pelo fim do ciclo de alta da Selic e a rotação de investimentos em busca de ativos mais descontados. Especialistas acreditam que esse movimento deve continuar, impulsionando o Ibovespa a novos patamares históricos.
Ações cíclicas ganham destaque na B3 em 2025
Papéis ligados à economia doméstica apresentam alta expressiva na B3. Até maio, seis das dez maiores altas do Ibovespa são ações cíclicas.
- Fatores chave: fim do aperto monetário do Banco Central, rotação global de carteiras, e queda das commodities na guerra comercial.
- Cogna: +181,13%; Yduqs, CVC, Direcional, Cyrela, e Lojas Renner também em alta.
- Ações de supermercadistas como Assaí e Carrefour e a de tecnologia Totvs no ranking.
Ações cíclicas se beneficiam em cenários de juros baixos. O BC sinaliza que o ciclo de alta da Selic pode estar próximo do fim.
Antonio Gewehr, do Itaú BBA, destaca que a expectativa do fim do ciclo ajudará empresas cíclicas com alta alavancagem. Estimativas indicam Selic a 12,75% até 2026.
O fluxo de investidores estrangeiros alcança R$ 22,083 bilhões em 2025, impulsionando o Ibovespa a 140 mil pontos em maio, com fechamento em 136.786,65 pontos (-0,18).
André Mazini, do Citi, espera que a “ciclicaridade” permaneça e leve o Ibovespa a novos patamares. Estratégias incluem ações de empresas mais ligadas ao cenário doméstico.
Embora haja riscos em commodities, Vale e Petrobras continuam na carteira recomendada, com menor exposição.
Gustavo Bertotti, da Fami Capital, aponta que ações cíclicas podem superar performance das blue chips, mas exige cautela e análise constante. A gestão do passivo e geração de caixa são essenciais.
Notícia publicada no Broadcast+ em 02/06/2025.