Ações da PRIO sobem mais de 5% com aquisição bilionária do campo de Peregrino

Ações da PRIO (PRIO3) sobem 5,55%, alcançando R$ 35,58, após anúncio da aquisição de 60% do campo de Peregrino por US$ 3,35 bilhões.

A operação é vista como um passo importante na expansão da empresa, sendo bem recebida por analistas, com projeções otimistas de ganhos futuros.

A aquisição é dividida em duas partes:

• US$ 2,399 bilhões por 40% do campo, com direito de operar;
• US$ 950 milhões pelos 20% restantes, dependendo da negociação com a Equinor.

Se a Equinor vender a fatia a terceiros, o valor final pago pela PRIO pode ser reduzido. A avaliação é base da 1º de janeiro de 2024, corrigida por juros, com limite de US$ 150 milhões.

Analistas do Bradesco BBI estimam que o valor final pode cair para US$ 2,45 bilhões. Se os custos operacionais anuais forem reduzidos pela metade, o valor do ativo poderá subir de US$ 5,4 bilhões para US$ 5,8 bilhões, resultando em ganho potencial de até R$ 4,70 por ação.

A XP Investimentos projeta que a aquisição pode agregar entre R$ 3 e R$ 5 por ação ao valor patrimonial, dependendo do desempenho do Brent. Isso sugere valorização de 9% a 15%.

O período de equilíbrio no fluxo de caixa pode ser alcançado até 2026. Para 2027, o fluxo de caixa livre ao acionista pode ultrapassar 50% ao ano.

O Bradesco BBI destaca a discussão interna entre reinvestir lucros ou distribuir dividendos. O lucro estimado de Peregrino, com o Brent a US$ 64, é de US$ 300 milhões ao ano.

O campo de Peregrino começou a produzir em 2011, com pico de 100 mil barris por dia. A PRIO já havia adquirido 40% do campo no ano passado, consolidando agora o controle total.

Para o Bradesco BBI, isso é uma forma eficiente de geração de valor, reforçando a PRIO como recomendação para compra, com preço-alvo mantido em R$ 49, implicando forte potencial de valorização.