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Ações da CATL, fabricante chinesa de baterias, disparam 16% após maior IPO do mundo em 2025

A estreia da CATL na Bolsa de Hong Kong marca a maior oferta pública inicial do ano, refletindo o apetite global por empresas chinesas de qualidade. Com um capital levantado de US$ 4,6 bilhões, a companhia intensifica sua expansão internacional em meio a um cenário volátil nos mercados de capitais.

Ações da CATL disparam 16% em sua estreia na Bolsa de Hong Kong nesta terça-feira (20), marcando a maior listagem do ano, em meio à guerra comercial de Donald Trump.

A fabricante de baterias, que fornece para Tesla e Volkswagen, levantou US$ 4,6 bilhões (R$ 26 bilhões). O IPO é o maior do mundo em 2025.

Robin Zeng, fundador da CATL, listou a empresa na Bolsa de Valores de Shenzhen em 2018 e agora expande sua presença global, incluindo uma fábrica de US$ 7,3 bilhões (R$ 41,3 bilhões) na Hungria.

Zeng destacou que a CATL busca ser "o pioneiro" na economia de zero carbono ao iniciar as negociações em Hong Kong.

A listagem representa um contraste positivo para os mercados globais, que lutam sob as tarifas de Trump.

A CATL é a maior fabricante de baterias do mundo e fechou a primeira ação a 306 dólares de Hong Kong (R$ 220), resultando em uma capitalização de mercado de 1,3 trilhões de dólares de Hong Kong (US$ 166 bilhões ou R$ 938 bilhões).

Com a opção de venda adicional, a empresa poderá levantar até US$ 5,3 bilhões (R$ 30 bilhões).

Analistas indicaram que a listagem reflete o apetite global por empresas chinesas de alta qualidade, especialmente enquanto investidores revisam sua exposição a ações dos EUA.

A CATL controla cerca de 37% do mercado mundial de baterias para veículos elétricos, mas depende fortemente da China, que representou 70% de suas receitas no último ano.

Apesar da tensão com o governo dos EUA, a listagem atraiu investidores âncora, como a petrolífera Sinopec e Hillhouse Investment, comprometendo-se a manter as ações por um período estabelecido.

Investidores americanos com contas offshore poderão investir, mas muitos decidiram esperar devido a possíveis restrições legais.

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