Ação da Vale (VALE3) está cara ou barata? Comparamos com a concorrência
A Vale enfrenta desafios em 2025, com sua performance de ações impactada pela desaceleração econômica da China. Apesar de seu preço atraente em comparação com concorrentes internacionais, especialistas alertam para a falta de perspectivas de crescimento e a dependência do mercado chinês.
A Vale (VALE3), uma das maiores mineradoras do mundo, teve uma trajetória volátil em 2025, com ações subindo cerca de 2% no ano, enquanto o Ibovespa cresceu 10,6%.
A dependência da China é significativa, já que o país representa mais de 50% da produção mundial de aço e metade das vendas de minério de ferro da Vale. Qualquer instabilidade na economia chinesa afeta diretamente as ações da mineradora.
Após um boom de demanda por aço nas últimas décadas, a crise no setor imobiliário chinês, exacerbada pela falência da Evergrande, causou uma queda na produção de aço e na demanda por minério.
Em relação ao preço das ações, a Vale apresenta um preço sobre lucro (P/L) de 8%, considerado baixo em comparação com concorrentes internacionais, como Rio Tinto (9,5%), Fortescue (9,1%) e BHP Group (11,3%).
Analistas como Hugo Cabral, da Nord Investimentos, afirmam que as ações estão atrativas, com potencial de dividendos e boa geração de caixa, apesar da falta de crescimento significativo no curto prazo.
Victor Borges, da Manchester Investimentos, também vê as ações da Vale como baratas, mas ressalta os riscos associados à alta taxa de juros no Brasil e à estabilidade das empresas estrangeiras.Embora a Vale pague cerca de 9% de dividendos anualmente, a demanda por minério não deve crescer como antes devido ao desenvolvimento da infraestrutura na China.