Abuso financeiro? Cenas em Vale Tudo abrem debate sobre manipulação econômica
O relacionamento abusivo entre Odete Roitman e Celina na novela Vale Tudo destaca a violência patrimonial disfarçada de proteção. Especialistas alertam para os riscos emocionais e financeiros da alienação sobre a gestão do próprio dinheiro.
Discussão sobre violência patrimonial em "Vale Tudo"
A relação entre Odete Roitman e sua irmã Celina na novela Vale Tudo gerou debates nas redes sociais sobre manipulação econômica e a gestão do dinheiro.
Odete afirma que Celina não sabe administrar sua fortuna, alegando que seu padrão de consumo a está levando à falência. Essa situação levanta a questão se a dinâmica entre elas pode ser considerada uma forma de violência patrimonial.
Profissionais como Wanessa Guimarães destacam que a alienação financeira ocorre quando uma pessoa é afastada das decisões sobre seu patrimônio, frequentemente disfarçada de proteção. A dependência financeira pode exacerbar a insegurança e a desvalorização pessoal, aumentando o comportamento de consumo compulsivo.
Cenas da novela geraram reações no TikTok, com internautas discutindo o impacto das críticas financeiras constantes. A psicologia econômica sugere que rótulos negativos podem levar à profecia autorrealizável, fazendo a pessoa internalizar a ideia de incompetência, resultando em problemas financeiros.
Riscos de delegar a gestão patrimonial:
- Dependência nas decisões de terceiros
- Vulnerabilidade a abusos e fraudes
- Comprometimento do planejamento financeiro
- Desorganização financeira crônica
- Impactos psicológicos relevantes, como ansiedade e culpa
Esse tipo de controle pode ser crime conforme o Direito Penal brasileiro, especialmente quando envolve abuso de vulnerabilidade ou extorsão. O advogado Samir Choaib alerta que a violência patrimonial pode ocorrer em diversas relações e que o que caracteriza o abuso é a quebra da autonomia da pessoa.
Para evitar abusos, especialistas sugerem educação financeira e acordos de gestão compartilhada com transparência e respeito à vontade da pessoa, evitando dinâmicas de controle disfarçadas de “ajuda”.