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Abinee traz propostas ao governo para mitigar efeito do ‘tarifaço’ dos EUA

Abinee apresenta propostas ao governo para proteger o setor eletroeletrônico das tarifas elevadas dos EUA. As medidas visam mitigar o impacto econômico e garantir a competitividade das exportações brasileiras.

Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) enviou ofícios aos governos federal e paulista no dia 24 de agosto para discutir o impacto das tarifas de 50% dos EUA sobre exportações industriais brasileiras, que começam em 1º de agosto.

As propostas foram encaminhadas ao vice-presidente Geraldo Alckmin e ao governador Tarcísio de Freitas.

A Abinee alertou que o “tarifaço” pode causar perda de competitividade, paralisação de embarques e queda de encomendas.

Propostas incluem:

  • Aumento temporário da alíquota do Reintegra, programa de crédito tributário para exportações;
  • Suspensão da tributação sobre insumos usados na produção de bens exportados;
  • Liberação de crédito presumido do IPI ou dos impostos PIS e Cofins;
  • Abertura de linhas de financiamento emergencial pelo BNDES;
  • Desoneração temporária da folha de pagamento de empresas do setor;
  • Ajustes no preço de transferência;
  • Aceleração da devolução de saldos credores do ICMS;
  • Ampliação de regimes especiais de ICMS e criação de regime simplificado.

Os EUA são os maiores importadores de componentes elétricos e eletrônicos do Brasil, representando 29% das exportações do setor no primeiro semestre de 2025.

As exportações totalizaram US$ 3,8 bilhões, com US$ 1,1 bilhão para os EUA, crescimento de 23% em relação a 2024. Itens principais incluem transformadores (82%) e motores e geradores (33%).

A Abinee destacou que o “tarifaço” pode afetar a indústria, com exportações representando em média 17% do faturamento do setor, atingindo 24% no segmento de GTD e 21% em equipamentos industriais.

As propostas são de caráter temporário, enquanto os efeitos econômicos do “tarifaço” perdurarem.

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