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Abin manda agente ao Paraguai para minimizar crise sobre espionagem

Agente da Abin é enviado ao Paraguai para minimizar impactos de espionagem revelada. Investigação sobre a operação e possíveis irregularidades na agência estão em andamento.

Abin envia oficial ao Paraguai para conter impactos de notícias sobre espionagem entre os dois países.

A missão, realizada entre 9 e 12 de março, visa "minimizar os impactos" das reportagens e foi autorizada para fortalecer compromissos bilaterais. O custo estimado é de R$ 13,5 mil.

A Folha questionou a Abin sobre a missão, mas não obteve resposta.

A viagem é parte de um esforço intenso após o vazamento de uma operação de espionagem ligada às gestões de Jair Bolsonaro e Lula. Depoimentos indicam que a ação teve autorização do atual diretor da Abin, o que o governo nega.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também se reuniu com o chanceler paraguaio para discutir temas bilaterais, incluindo a operação de inteligência que está sob apuração.

Um servidor da Abin mencionou que a operação visava dados de autoridades paraguaias, incluindo presidentes do Senado e da Câmara.

Reservadamente, há temores na Abin sobre a possível descredibilização da adida de inteligência pelo Paraguai.

O caso ficou conhecido em 31 de março e gerou reações no governo brasileiro. A Abin afirmou que a operação foi autorizada anteriormente, sendo suspensa em março de 2023, após a nova gestão tomar conhecimento.

A Polícia Federal (PF) investiga o papel de Luiz Fernando Corrêa e de Alessandro Moretti na operação de espionagem. Ambos foram intimados a depor.

Corrêa e Moretti negam irregularidades e se dizem à disposição para colaborar com as investigações.

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