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Abal estima prejuízo de R$ 1,15 bi para setor de alumínio por conta do tarifaço

Setor de alumínio brasileiro aguarda impactos severos com nova tarifa de 50% imposta pelos EUA. Entidade aponta que, além das perdas diretas, há risco de efeitos indiretos na cadeia produtiva.

Impacto do tarifaço de Trump no setor de alumínio brasileiro:

A nova taxação de 50% sobre produtos brasileiros pode resultar em perdas de até R$ 1,15 bilhão para os fabricantes de alumínio, a partir de 6 de agosto.

Os produtos isentos incluem alumina, essencial para a produção de alumínio primário, enquanto bauxita, hidróxido de alumínio, óxido de alumínio e cimento aluminoso não estão isentos.

A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) confirmou que a nova tarifa não será cumulativa com a alíquota vigente desde junho. Mesmo com esse alívio, os impactos já são significativos.

No ano passado, os EUA foram o terceiro principal destino das exportações de alumínio brasileiro, respondendo por 14,2% do total, o que equivale a US$ 773 milhões (R$ 4,3 bilhões).

Cerca de um terço desse volume enfrenta a nova sobretaxa, dificultando o acesso ao mercado americano.

As exportações de alumínio para os EUA já caíram 28% no primeiro semestre de 2024, resultando em perda de US$ 46 milhões (R$ 350 milhões) em relação ao ano anterior.

A Abal estima que os prejuízos totais podem alcançar US$ 210 milhões (mais de R$ 1,15 bilhão) até o final do ano, considerando os efeitos diretos já contabilizados.

Além disso, há risco de efeitos indiretos sobre toda a cadeia de suprimento. Em 2024, o Brasil exportou 1,3 milhão de toneladas de alumina para os EUA, responsável por 90% da produção de alumínio primário americano.

A interrupção nas relações comerciais pode afetar o abastecimento e redirecionar fluxos comerciais, comprometendo a operação industrial nos EUA, Brasil e Canadá.

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