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A vingança da educação

A história mostra que a intolerância e a censura à educação geram retrocesso e exílio da inteligência. O cuidado com a educação é vital para evitar que países percam mentes brilhantes e, consequentemente, seu desenvolvimento.

Em 529, o Imperador Justiniano fechou a escola de filosofia em Atenas, resultando na fuga de professores e no início da Idade Média, marcada por retrocessos intelectuais.

Em 1496, o rei Dom Manuel I expulsou os judeus de Portugal, forçando muitos a se refugiarem em lugares como o Brasil e a Holanda, levando conhecimentos valiosos.

Durante os anos 1930, com a ascensão nazista, milhares de intelectuais, incluindo Albert Einstein e Hannah Arendt, deixaram a Alemanha, resultando em uma queda drástica dos prêmios Nobel de ciência.

A história mostra que ignorância na educação provoca retrocessos. Os Estados Unidos, com suas instituições de ensino altamente desenvolvidas, prosperaram, diferentemente do Brasil, que ainda enfrenta desigualdades educacionais.

Para um desenvolvimento real, é essencial que a educação tenha liberdade de cátedra. Restrições à divulgação de ideias geram obscurantismo e migração de talentos em busca de liberdade.

O Brasil carece de respostas sobre qual seu compromisso com a educação e quais as condições de suas escolas, pois apenas através da educação se pode combater a pobreza e empoderar as pessoas.

José Roberto de Castro Neves é advogado e membro da Academia Brasileira de Letras.

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