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A União Europeia precisa intensificar sua luta contra o dólar

Rebaixamento da nota da dívida americana pela Moody's levanta debates sobre a possível ascensão do euro como alternativa ao dólar. Especialistas apontam que falta de influência da moeda europeia nos mercados internacionais representa um desafio a ser superado.

Decisões de política econômica do governo Trump ameaçam a condição do dólar como principal moeda de reserva global.

A questão agora é se alguma outra moeda está apta a ocupar esse espaço. Recentemente, o rebaixamento da nota da dívida pública americana pela Moody’s tornou esse tema mais relevante.

Em 2011, a S&P rebaixou a nota dos EUA, mas o dólar e os títulos do Tesouro se valorizaram. Já em 2023, o rebaixamento da Moody’s resultou na elevação dos juros de longo prazo para acima de 5%, evidenciando que a função de porto seguro falhou.

Com a expectativa crescente de que países da zona do euro possam ganhar protagonismo, investidores e profissionais do mercado europeu se mostram prontos para mudanças.

Segundo acadêmicos, o euro tem um papel insuficiente no comércio e pagamentos internacionais, com a Europa pagando 80% de suas importações de energia em dólares.

Propostas sugerem que a Europa deve:

  • Incluir cláusulas de faturamento em euros em acordos comerciais;
  • Facilitar o uso do euro nas cadeias de suprimento;
  • Estimular o euro em exportações de energia limpa e serviços tecnológicos.

Criar um mercado robusto de títulos em euros é fundamental, mas a resistência política, especialmente da Alemanha, e as diferentes prioridades nacionais representam desafios significativos.

Para van ’t Klooster e Murau, ações combinadas de autoridades europeias são essenciais para fortalecer o papel internacional do euro e evitar desincentivos à sua internacionalização.

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