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A traição ao irmão do ‘Capitão Nascimento’ e a aposta do general que planejou matar Lula e Moraes

General Mário Fernandes admite autoria de plano para assassinar líderes políticos e propõe golpe como resposta a frustrações e ressentimentos. Entre justificativas e arrependimentos, sua revelação gera desconfiança e questiona a integridade das Forças Armadas.

General Mário Fernandes admite no STF ter idealizado o Plano Punhal Verde e Amarelo para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidentente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

Justificou ao afirmar que tudo era um “pensamento digitalizado” e se mostrou arrependido, apesar de ter impresso o plano no Palácio do Planalto em três cópias.

Para entender sua trajetória, é preciso conhecer a família Pimentel, composta por generais envolvidos nas Forças Especiais e na crise que culminou no golpe de 2022.

Originalmente, Mário Fernandes e outros generais, como Carlos Alberto Pimentel e Gustavo Henrique Dutra, estiveram em posições de liderança, mas Fernandes começou a se sentir injustiçado ao ser barrado na promoção a general de divisão.

Durante o governo Bolsonaro, começou a se movimentar com apoio de contatos militares, criando o plano que visava mobilizar militares em um golpe e convidando o general Arruda a colaborar.

O golpe falhou em 8 de janeiro de 2023, levando a mudanças de comando no Exército, e deixando indícios sobre a participação de Forças Especiais na movimentação militar.

Após a investigação da PF, a integralidade da participação de Fernandes e seus colegas se tornou evidente, e ele se distanciou da postura do ex-presidente, que menosprezava pedidos de golpe.

A conclusão é que Mário Fernandes, mesmo ciente da sua condenação, aposta na anistia como resultado de um futuro ressurgimento do bolsonarismo, sem se importar com as consequências para os demais envolvidos e para o Exército.

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