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A tragédia do futebol brasileiro

A trajetória de João Pedro exemplifica a crise do futebol brasileiro na exportação precoce de talentos. Apesar de seu sucesso na Europa, o caso revela a desigualdade econômica que força clubes a abrir mão de seus melhores jogadores.

A Copa do Mundo de Clubes da FIFA de 2025 foi marcada por um embate desigual entre equipes bilionárias e semi-amadoras, suscitando orgulho pelo nosso futebol.

A semifinal Fluminense x Chelsea exemplificou a distância do Brasil em relação ao elite do futebol. João Pedro, cria da base do Fluminense, estreou com impressionantes 3 gols e 1 assistência aos 17 anos, mas já havia sido vendido ao Watford, da Inglaterra, por 10 milhões de euros, quando ainda atuava na sub-17.

Após 3 temporadas no Watford, foi adquirido pelo Brighton por 34 milhões de euros, e, em 2025, o Chelsea pagou 63 milhões de euros por ele, que se destacou na Copa do Mundo ao marcar 2 gols contra o Fluminense.

A qualidade de João movimentou quase 100 milhões de euros em transferências na Inglaterra, enquanto os clubes brasileiros enfrentam dificuldades estruturais que os forçam a vender talentos precocemente.

Em 2023, o Brasil foi o país que mais expatriou jogadores, especialmente os com menos de 23 anos, situação que revela um modelo viciado no futebol sul-americano.

João Pedro é um exemplo do talento que, apesar de lapidado no Brasil, acaba sendo usufruído por clubes europeus. A sua partida ilustra a ironia e a tragédia do nosso futebol.

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