A tese da Ashmore para os mercados emergentes
A Ashmore prevê um otimismo crescente nos mercados emergentes devido a mudanças geopolíticas e fiscais, destacando oportunidades na Argentina, Brasil e México. A gestora acredita que a realocação de investimentos pode se intensificar à medida que os fundamentos nesses países melhoram.
A Ashmore, gestora especializada em mercados emergentes, está otimista com o futuro desses investimentos. Acredita que a nova geopolítica mundial, junto com mudanças nos EUA, levará a uma realocação de recursos para emergentes.
O estrategista-chefe, Gustavo Medeiros, afirmou que ignorar essas mudanças pode resultar em perder a maior história macro da geração, exceto pela inteligência artificial. A Ashmore, que gere US$ 46 bilhões, investe em ações da Argentina, Brasil e México.
Principais pontos discutidos:
- A nova geopolítica deve provocar mudanças significativas nas estratégias de investimento.
- Os EUA estão passando por uma consolidação fiscal, enquanto países como Alemanha e China tendem a expandir suas fiscalidades.
- A forte valorização do dólar recente pode se inverter, beneficiando os mercados emergentes.
- Historicamente, o fluxo para ações americanas foi alto, mas a tendência pode mudar à medida que investidores buscam oportunidades globais.
O que a Ashmore está comprando?
- Exposição aumentada principalmente em ações e renda fixa em moeda local.
- Foco em ações de semicondutores na Coreia do Sul e Taiwan.
- Investimentos significativos na América Latina, especialmente Brasil, Argentina e México.
Especificidades regionais:
- No México, veem oportunidades devido a acordos comerciais e à capacidade de manobra da atual administração.
- A Argélia passou por reformas fiscais que podem impulsionar sua economia.
- O Brasil é considerado resiliente a juros altos, com potencial de valorização no cenário político favorável.
Fluxo de recursos:
A Ashmore vivenciou fluxos negativos até 2022, mas estão se estabilizando. Acredita-se que estão próximos do primeiro trimestre de entradas líquidas de recursos.
As decisões dos investidores tendem a ser lentas, mas quando tomadas, resultam em períodos de investimento prolongado.