A técnica polêmica que 'ressuscitou' lobo extinto há mais de 10 mil anos

Colossal Biosciences anuncia a criação dos primeiros animais deextintos com filhotes de lobo-terrível (Aenocyon dirus), extinto há 10 mil anos.

Em 07 de abril, a empresa divulgou vídeos com os uivos dos filhotes, mostrando como utilizaram ferramentas de edição genética.

Os filhotes, Rômulo, Remo e Khaleesi, foram obtidos a partir de técnicas avançadas como Crispr, que modificaram genes do lobo-cinzento (Canis lupus) para se assemelhar ao lobo-terrível.

Os primeiros dois nasceram em 1° de outubro de 2024 e a última em janeiro de 2025. Eles estão em uma reserva privada nos EUA, sem previsão de liberação na natureza.

A empresa argumenta que a deextinção pode ajudar a combater a extinção em massa causada por mudanças climáticas e ação humana, além de restabelecer o equilíbrio ecológico. Contudo, há controvérsias sobre o termo "deextinção" e o real impacto ecossistêmico dessa ação.

Críticos, como o paleogeneticista Nic Rawlence, afirmam que os filhotes são na verdade híbridos entre as duas espécies, uma vez que a divergência genética é significativa.

O debate sobre as implicações éticas e ecológicas da deextinção continua em aberto.