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A 'rainha virgem': por que Elizabeth 1ª da Inglaterra nunca quis se casar

A visita da rainha Elizabeth I ao Castelo de Kenilworth em 1575 foi um elaborado cortejo de Robert Dudley, marcado por extravagâncias e uma tentativa de casamento simbólica que nunca se concretizou. O espetáculo planejado para a rainha, que abordava temas de casamento e castidade, não aconteceu, levantando questões sobre a natureza do relacionamento entre os dois.

Em julho de 1575, a rainha Elizabeth 1ª visitou o Castelo de Kenilworth, no Reino Unido, em sua mais longa e última estadia.

O castelo havia sido presenteado a Robert Dudley, conde de Leicester e favorito da rainha, que reformou o local, criando um jardim e entretenimento extravagante, incluindo música e fogos de artifício.

Entre as atrações, uma ilha flutuante e uma sereia foram destaques. Dudley investiu milhões na celebração, considerada um elaborate cortejo para a rainha.

Correndo paralelamente à festividade, um espetáculo importante nunca aconteceu. Incluía a deusa Diana e um mensageiro de Juno, implorando para que Elizabeth não seguisse o caminho da castidade. O motivo da suspensão é incerto: mau tempo ou descontentamento da rainha?

Após a festa, Elizabeth partiu em 27 de julho. Para a artista Lindsey Mendick, o evento simboliza como a história preocupa-se em analisar o papel das mulheres, trazendo reflexões sobre sua autonomia.

Elizabeth 1ª, a única rainha inglesa que nunca se casou, governou sem suporte masculino. Desde 1558, resistiu à pressão para casar-se, mesmo pressionada por conselheiros.

Seus temores sobre o casamento eram pessoais e políticos. Assistiu ao reinado de Katherine Parr e teve uma visão negativa da instituição, especialmente por experiências traumáticas em sua família.

Ela estabeleceu a imagem de "rainha virgem", afirmando que seu casamento era com o reino da Inglaterra. Essa identidade continuou a repercutir na cultura popular.

Após a morte de Dudley em 1588, Elizabeth guardou uma carta dele, mostrando a importância de sua conexão até o fim.

Para mais detalhes, veja a reportagem completa no site da BBC Culture.

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