A prova de fidelidade de Tarcísio como testemunha de defesa de Bolsonaro em julgamento do suposto golpe

Depoimento de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, será na próxima sexta-feira (30/5) ao Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Ele, ex-ministro de Bolsonaro, esteve com o então presidente em momentos críticos, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR). A expectativa é que Tarcísio negue ter conhecimento de tentativas para manter Bolsonaro no poder após sua derrota em 2022.

Analisando a situação, cientistas políticos indicam que a postura de Tarcísio reforça sua lealdade ao ex-presidente em meio à indefinição sobre quem será o candidato bolsonarista em 2026. Ele é cogitado, mas declara que pretende disputar a reeleição em São Paulo.

Tarcísio já se manifestou publicamente em defesa de Bolsonaro, afirmando que as acusações carecem de provas e respeitou o resultado da eleição.

O depoimento pode aumentar sua popularidade entre os apoiadores bolsonaristas. O cientista político Antonio Lavareda acredita que a ligação com Bolsonaro pode ser benéfica para Tarcísio nas eleições.

Com o depoimento, a defesa de Bolsonaro espera contestar as acusações, alegando que não houve planejamento de golpe. Visitas de Tarcísio a Bolsonaro aconteceram em momentos-chave da investigação.

Os analistas enfatizam que Tarcísio deve manter um depoimento discreto e sério ao STF, sem arriscar conflitos. A disputa por 2026 é complexa devido à insistência de Bolsonaro em ser candidato, mesmo inelegível.

A saída de Tarcísio do governo paulista para concorrer exige planejamento, e a política futura deverá ser bem articulada para viabilizar sua candidatura ao Planalto, conforme alertam os analistas.

Por fim, mesmo diante de possíveis condenações, a influência de Bolsonaro na política continuará, o que poderá impactar as próximas eleições.