A prisão na Amazônia que a França vai construir para abrigar traficantes e extremistas
França investirá € 400 milhões na construção de uma prisão de alta segurança na Guiana Francesa para combater o tráfico de drogas e extremismo. A nova instalação, prevista para 2028, terá um regime rigoroso e capacidade para 500 detentos.
A França construirá uma nova prisão de alta segurança na Guiana Francesa, com foco em traficantes de drogas e extremistas, anunciou o ministro da Justiça, Gérald Darmanin.
A instalação de € 400 milhões (R$ 2,5 bilhões) terá capacidade para até 500 pessoas e será inaugurada em 2028, localizada na floresta amazônica em Saint-Laurent-du-Maroni.
A região abriga parte da fronteira com o Suriname e está distante do Brasil. Este plano responde a incidentes violentos recentes envolvendo facções criminosas na França.
Darmanin enfatizou que a prisão terá um “regime carcerário extremamente rigoroso”, visando incapacitar os traficantes mais perigosos e detê-los no início de suas atividades. A meta é severamente limitar o contato com suas redes criminosas.
Em resposta ao aumento da criminalidade, o governo francês também anunciou nova legislação para combater gangues, incluindo um braço do Ministério Público focado no crime organizado, e novas prisões de alta segurança.
Incidentes de ataques a prisões foram relatados, com os autores autoproclamando-se defensores dos direitos dos prisioneiros. A nova prisão será uma “encruzilhada estratégica” para o tráfico de drogas, especialmente do Brasil e Suriname.
Saint-Laurent-du-Maroni já foi o porto de entrada da colônia penal da Ilha do Diabo, famosa pela obra “Papillon” de Henri Charrière.