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A primavera do arrependimento tarifário

FMI reduz projeções de crescimento global e dos EUA devido a guerra tarifária. Relatórios recentes destacam riscos crescentes nos mercados financeiros e a necessidade urgente de negociações entre as principais potências comerciais.

Relatório do FMI: Crescimento Global em Queda

Durante a 23ª semana de reuniões do Banco Mundial e do FMI em Washington, o FMI divulgou seu relatório “Perspectivas da Economia Mundial”, destacando a redução na projeção do crescimento global para 2,8% em 2025 e 3% em 2026, devido às guerras tarifárias.

O crescimento dos EUA foi revisado para 1,8% em 2025 e 1,7% em 2026, abaixo das previsões anteriores. A economia chinesa deve desacelerar para 4% e o Brasil para 2%.

O Relatório de Estabilidade Financeira Global indicou um aumento nos riscos de mercado, com reações negativas após o anúncio das “tarifas recíprocas” em 2 de abril, impactando a dívida pública dos EUA e as Bolsas.

O choque de tarifas gerou incertezas sobre a política comercial de Trump, que, até então, parecia focada em negociações. Com o aumento do protecionismo, o mercado financeiro reagiu pessimamente, levando à alta nos juros dos títulos do Tesouro.

Importantes decisões de política americana parecem deslocar-se entre protecionismo e a necessidade de negociações, com o secretário Scott Bessent enfatizando a possibilidade de um acordo comercial, apesar das negações chinesas.

Os relatórios do FMI sugerem cenários menos pessimistas caso as tarifas sejam reduzidas através de negociações, mas alertam sobre possíveis novas quedas nos preços de ações e títulos.

A relação entre o governo Trump e instituições multilaterais como FMI e Banco Mundial continua sob revisão, com Bessent criticando a “desvio de missão” dessas instituições.

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