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A política externa emergente de Trump é um retorno perturbador ao século 19

Trump adota uma visão de política externa centrada no poder, ignorando os princípios de democracia e cooperação internacional. Suas ações podem levar a um retrocesso histórico, colocando a ordem mundial em risco.

Emergência da Doutrina Trump na Política Externa

Ninguém atribui coerência de pensamento ao presidente Donald Trump, mas uma Doutrina Trump começa a se formar. Esta política externa é resumida nas palavras de Tucídides: “os fortes fazem o que são capazes e os fracos sofrem o que devem”.

Ao contrário de seus antecessores, Trump desinteressa-se em promover a democracia ou o livre comércio, focando em uma política de poder que remete ao século XIX.

Contexto Histórico:

  • Após a Primeira Guerra, a ordem internacional foi tentada com a Liga das Nações.
  • Pós-1945, a ordem liberal evitou a Terceira Guerra Mundial e promoveu a democracia.

Agora, Trump parece querer desfazer essas conquistas. Segundo Newt Gingrich, seu objetivo é voltar ao período pré-Primeira Guerra.

Ações de Trump:

  • Imposição de tarifas recordes.
  • Retirada da Organização Mundial da Saúde e acordos climáticos.
  • Negligência em apoiar aliados da OTAN.
  • Desmantelamento da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional.

Trump busca adquirir territórios, expressando interesse em anexar Canadá e Groenlândia, por exemplo. Ele revive a Doutrina Monroe e negocia com a Ucrânia de forma coercitiva.

Consequências:

  • Preocupações sobre Taiwan e relações com a China.
  • Incertezas sobre segurança coletiva e aumento da desconfiança global.

Trump ignora que o poder econômico moderno provém de inovação tecnológica, não do controle territorial. Para verdadeira grandeza americana, é necessário reverter políticas prejudiciais que ameaçam a riqueza e a segurança global.

Se Trump continuar nessa trajetória, o mundo enfrentará um futuro mais perigoso e empobrecido.

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