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A médica brasileira que é segunda esposa de muçulmano em Dubai: 'Não sou submissa'

Neurologista brasileira vive uma nova vida em Dubai após se casar como segunda esposa de um egípcio. Ela compartilha suas experiências e desafios em um matrimônio que quebra estereótipos culturais, enquanto enfrenta preconceitos sobre sua escolha e carreira.

Neurologista Anna Vieira se mudou para Dubai em 2024, aos 45 anos, para estudar psicologia profunda focada em pacientes com quadros complexos.

Pouco após a mudança, fez novas amizades e casou-se com um egípcio, aceitando ser sua segunda esposa, o que gerou discussões sobre diferenças culturais em relação ao matrimônio "tradicional" brasileiro.

Anna possui uma carreira sólida, com duas graduações, nove pós-graduações e dois doutorados em andamento. Ela enfrenta preconceitos sobre ser uma "segunda esposa", lidando com comentários negativos sobre sua imagem e suas escolhas.

Ela explica que a poligamia é permitida na cultura muçulmana e reflete: "Não é tão incomum quanto parece; muitos homens têm famílias fora do casamento, mas isso costumava ser secreto." Anna chegou a relatar sua experiência de perder um filho e um marido em um acidente, o que a levou a buscar suporte emocional.

Convertida ao islamismo com 17 anos, Anna teve uma primeira experiência de casamento com um homem sírio e viveu na Síria antes de se mudar para a Europa. Após tragédias familiares, voltou ao Brasil antes de migrar para Dubai.

No novo casamento, Anna enfrentou desafios, mas estabeleceu limites claros no contrato matrimonial, como proibição para um terceiro casamento. Hoje, coordena uma vida com M*, seu marido, e a primeira esposa, dividindo responsabilidades e respeitando as particularidades de cada cultura.

Anna também compartilha que, apesar de suas diferenças, ela e M* buscam uma dinâmica equilibrada, com ele participando de eventos sociais que antes não eram parte de sua cultura.

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