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A matemática difícil do governo Lula para fechar as contas

Governos enfrentam desafio de aumentar arrecadação para cumprir metas fiscais em meio a restrições e pressão política. A proposta orçamentária de 2026 revela contradições com a necessidade de superávit, sem planos claros de corte de gastos.

Apresentação do Orçamento de 2026

Na próxima terça-feira, o governo apresentará as linhas gerais do Orçamento de 2026, revelando dados contraditórios:

  • Apesar do aumento de receita nos últimos anos, a proposta indicará a necessidade de aumento de arrecadação para fechar as contas.
  • A Lei de Diretrizes Orçamentárias será enviada ao Congresso no dia 15, com meta de superávit de 0,25% do PIB (cerca de R$ 30 bilhões).
  • O governo não possui um plano efetivo de corte de gastos.

Cenário Atual

Em relação ao início do mandato de Lula, a situação mudou:

  • Os impostos federais sobre o PIB atingiram 21,4% no ano passado, o maior desde 2010.
  • Haddad aprovou projetos para fechar brechas na arrecadação de tributos sobre a renda.

Desafios Imediatos

Com as eleições se aproximando, parlamentares informaram que não é viável aprovar mais aumentos de receitas.

O governo enfrentará resistência em relação à isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com até R$ 5 mil, estimada em R$ 26 bilhões.

A Secretaria de Orçamento Federal alerta que alterações no projeto podem comprometer as metas fiscais.

Impactos Econômicos

A atividade econômica fraca em 2025 e 2026 representa uma pressão adicional nas receitas.

  • A meta deste ano é um déficit zero, com previsão de arrecadação de R$ 2,9 trilhões.
  • A proposta de arrecadar R$ 29 bilhões via Carf apresenta poucas chances de cumprimento.
  • A queda no preço do petróleo reduzirá royalties para o governo federal.

Conclusão

A dificuldade em arrecadar receitas e a urgência por novas formas de arrecadação persistem sem cortes efetivos de gastos.

A estrutura fiscal atual de Haddad prioriza o aumento de receitas para permitir mais gastos, levando a uma contínua necessidade de arrecadar mais, enquanto a dívida pública aumenta e a credibilidade fiscal do país diminui.

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