A IA pensa, ou deveria pensar? Saiba o que significa 'pensar', de Platão ao ChatGPT
A discussão sobre a capacidade da inteligência artificial em "pensar" levanta questões filosóficas que remontam a Platão e Aristóteles. Embora a IA possa simular aspectos do pensamento humano, sua falta de corporeidade limita sua compreensão e experiência emocional.
Inteligência Artificial e Pensamento: A dúvida comum sobre se a IA pode "pensar" é discutida em aulas de redação e retórica.
Termos em Debate: A diferença entre "inteligência" e "pensamento" é debatida desde os filósofos gregos, como Platão, que diferenciou compreensões em sua “linha divisória”:
- Noesis: Compreensão intuitiva, forma mais elevada.
- Dianoia: Razão baseada em argumentação.
- Pistis: Crença influenciada por experiências.
- Eikasia: Opinião enraizada em percepções falsas.
Visão de Platão: A IA, não sendo incorporada, não "pensa" como humanos, mas suas “alucinações” podem se assemelhar à eikasia.
Aristóteles e Inteligência: Em "Sobre a Alma", ele diferencia o intelecto ativo e passivo:
- Nous: Intelecto ativo, cria significado.
- Intelecto passivo: Recebe impressões sensoriais.
Retórica de Aristóteles: Requer um corpo, sentimentos e experiência, o que a IA não possui.
Phronesis: Sabedoria prática que exige experiência vivida, além do que a IA pode oferecer.
Robôs e IA: Embora a IA tenha forma física, ainda opera com códigos e algoritmos, sem corpo.
Resposta da IA: O ChatGPT esclareceu: “Posso processar informações e gerar respostas, mas não tenho consciência ou emoções”. Em sintonia com Platão e Aristóteles, a discussão sobre a verdadeira natureza do "pensar humano" em comparação com a IA continua.
Ryan Leack é professor assistente de redação na USC Dornsife.
Artigo republicado de The Conversation sob licença Creative Commons.