A 'guerra' entre EUA e China pela supremacia em microchips
Trump busca revitalizar a indústria de chips nos EUA, mas enfrenta desafios como falta de mão de obra qualificada e alta complexidade de fabricação. Especialistas alertam que a dependência de um ecossistema global pode dificultar a produção em larga escala no país.
Os EUA e a Disputa por Chips Semicondutores
Gina Raimondo, ex-secretária de Comércio dos EUA, afirmou que o país "deixou a peteca cair" na fabricação de chips, permitindo que a China e outras nações asiáticas progredissem rapidamente.
Atualmente, os semicondutores são cruciais para diversas indústrias, mas Taiwan lidera na produção de chips avançados, enquanto os EUA lutam para recuperar seu espaço. A política tarifária de Trump promete retornar empregos, mas o setor enfrenta falta de mão de obra qualificada e produtos de baixa qualidade.
Embora a Lei dos Chips, sancionada em 2022, tenha alocado subsídios para incentivar a produção nacional, TSMC e Samsung enfrentam desafios semelhantes em suas fábricas nos EUA.
A maior parte da fabricação de chips seguirá em Taiwan, que leva décadas para desenvolver capacidades. Chris Miller, autor de "A Guerra dos Chips", destaca que as fábricas americanas estão décadas atrasadas em relação às de Taiwan.
A política de imigração de Trump dificulta a contratação de talentos, e a China busca inovar e investir em tecnologia para manter sua competitividade. A Índia surge como uma potencial nova base de fabricação, apesar de enfrentar desafios significativos.
As tarifas de Trump podem ser questionadas por gigantes como Apple e Microsoft, conforme a demanda por chips continua a pressionar o governo.
A abordagem protecionista dos EUA contrasta com o modelo de colaboração global que permitiu o crescimento do setor de chips na Ásia, mostrando que um esforço conjunto será essencial para o sucesso a longo prazo.