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A grande aposta econômica de Trump que Getúlio Vargas tentou implementar sem sucesso no Brasil

Trump adota estratégia protecionista semelhante a líderes latino-americanos. Especialistas alertam para os riscos e consequências negativas da política de substituição de importações nos EUA.

Getúlio Vargas no Brasil, na década de 1950, e Donald Trump, em 2023, utilizaram dispositivo legal para taxar importações e incentivaram fábricas em seus países.

Juan Domingo Perón declarou a "independência econômica" da Argentina em 1947, adotando o protecionismo industrial. Trump repetiu essa prática em seu governo.

Ambos buscam proteger a indústria local e implementam tarifas para reduzir dependência externa, semelhante às políticas de substituição de importações (ISI) na América Latina.

Monica de Bolle, pesquisadora do Instituto Peterson, observa: "A lógica de Trump é do século passado" e alerta para as consequências negativas já vividas na América Latina.

  • O ISI, adotado entre as décadas de 1930 e 1950, visava autossuficiência econômica.
  • O mercado interno foi priorizado através de barreiras tarifárias.
  • Vargas utilizou a "lei do similar" para proteger a produção nacional.
  • Trump recorreu à Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977.

Entretanto, as políticas ISI levaram a ineficiências econômicas, inflação e crises fiscais, com diversas economias latino-americanas ainda lutando para se desenvolver.

O atual presidente da Argentina, Javier Milei, critica o modelo fracassado de ISI, enquanto Trump mantém seu protecionismo.

A OCDE projeta crescimento baixo do PIB para os EUA, advertindo que tarifas altas podem elevar a inflação e afetar o comércio. De Bolle conclui que políticas prolongadas e mal implementadas tendem a gerar resultados desastrosos.

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