A força da agropecuária garante o avanço do PIB
Agropecuária impulsiona crescimento do PIB no primeiro trimestre, com aumento significativo na produção de grãos. Desempenho positivo contrasta com a estagnação da indústria e preocupações sobre investimentos a longo prazo.
Crescimento do PIB
No primeiro trimestre de 2024, a agropecuária liderou o crescimento do PIB, com avanço de 12,2% em relação ao último trimestre e 10,2% sobre o mesmo período do ano anterior.
O crescimento total do PIB foi de 1,4% em comparação ao trimestre anterior, dentro das expectativas dos analistas.
A produção física de grãos deve superar 332,9 milhões de toneladas, com crescimento de 12% em relação à safra anterior, segundo a Conab.
A indústria, por outro lado, apresentou recuo de 0,1%, enquanto o setor de serviços, que representa mais de 70% da produção total, cresceu 0,3%.
O investimento, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo, cresceu 3,1%, mas ainda é considerado baixo, com 17,8% do PIB, apenas acima da poupança, que ficou em 16,3%. Economistas alertam que poupanças e investimentos baixos são sinais de uma fraca musculatura futura para o agro.
A agropecuária, durante a temporada de verão, apresentou excelente aumento de renda, apesar da queda das cotações de commodities. O governo Lula enfrenta desafios ao lidar com o agronegócio, visto como um “inimigo” por alguns setores do PT, mesmo com o impacto positivo que gera nas classes médias do interior.
Críticos argumentam que a agricultura, representando cerca de 8% do PIB, cria poucos empregos e se concentra em bens primários. No entanto, não reconhecem o fator multiplicador do setor agro na indústria e serviços.
Finalmente, é um equívoco afirmar que as exportações de commodities não agregam valor, pois a transformação de insumos, como a soja e o petróleo, resulta em significantemente mais valor no mercado.