A explosão de cirurgias plásticas na China: 'Fiz 100 operações e nunca vou parar'
Abby Wu, uma influenciadora de cirurgia plástica, reflete sobre sua trajetória de mais de 100 procedimentos estéticos ao longo de 21 anos. Na China, a pressão por padrões de beleza elevados gera uma busca crescente por cirurgias, muitas vezes realizadas de forma insegura e sem regulamentação.
Abby Wu14 anos após um drástico ganhado de peso por tratamento hormonal.
A professora de teatro de Abby a pressionou, levando sua mãe a optar por uma lipoaspiração aos 14. A cirurgia foi traumática, com Abby consciente durante o procedimento.
Agora, com 35 anos, Abby já passou por mais de 100 procedimentos, totalizando meio milhão de dólares. Ela é coproprietária de uma clínica estética em Pequim e se tornou uma referência nas cirurgias plásticas na China.
Apesar da dor e complicações físicas, Abby afirma que não se arrepende, sentindo-se mais confiante. O aumento da popularidade da cirurgia plástica na China é impulsionado por 20 milhões de procedimentos por ano, com 80% dos pacientes sendo mulheres jovens.
As características procuradas mudaram, com procedimentos cada vez mais estranhos, como injeções de Botox para criar uma aparência infantil. Aplicativos como SoYoung crescem em popularidade, sugerindo cirurgias baseadas em "imperfeições faciais".
Por outro lado, há uma escassez de profissionais qualificados em clínicas não licenciadas, resultando em muitos procedimentos malsucedidos. Yang Lu, cirurgiã licenciada, relatou um aumento de pacientes buscando reparos.
Yue Yue, vítima de uma cirurgia mal feita, descreve seu sofrimento após procedimentos que deterioraram sua aparência. Outros, como a atriz Gao Liu, também enfrentaram consequências graves devido a cirurgias malsucedidas em clínicas licenciadas.
A pressão estética estende-se ao mercado de trabalho, com algumas jovens aceitando empréstimos para cirurgias em troca de empregos. Exemplos de golpes proliferam, criando dívidas altas e promessas vazias.
Abby e suas amigas, em um ambiente descontraído, discutem sobre intervenções estéticas, refletindo uma cultura que muitas vezes prioriza a aparência. Abby não pretende interromper sua busca por beleza, evidenciando a pressão contínua e desafios associados à cirurgia plástica na China.