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A estratégia do Brasil para evitar sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes

Governos do Brasil e dos EUA fazem negociações discretas para evitar sanções a Alexandre de Moraes. A previsão é de que, caso as sanções sejam aplicadas, o Brasil responda com cautela, mas não adotará retaliações.

Governo brasileiro intensificou contatos com o Departamento de Estado dos EUA para evitar sanções ao ministro do STF, Alexandre de Moraes.

A informação foi confirmada pela GloboNews e BBC News Brasil. O Itamaraty questiona a lógica das sanções e alerta sobre possíveis impactos negativos nas relações bilaterais.

Desde a semana passada, surgiu a possibilidade de sanção após o secretário de Estado, Marco Rubio, mencionar que os EUA estudam essa ação por supostas violações à liberdade de expressão.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pressionou por essas sanções enquanto reside nos EUA, fazendo campanha contra Moraes.

Autoridades diplomáticas brasileiras agem com discrição e sem previsão de divulgação das conversas com os americanos.

A resposta do Brasil a uma eventual sanção deve incluir um repúdio oficial, mas o governo não pretende adotar medidas retaliatórias.

Embora os presidentes Lula e Trump participem da Cúpula do G7 em junho, não há previsão de reunião entre eles.

A proposta de sanções nos EUA é uma bandeira de Eduardo Bolsonaro e ativistas de direita, que acusam Moraes de perseguir politicamente opositores, enquanto a Trump Media & Technology Group processa Moraes por decisão que bloqueou a plataforma Rumble.

Na Câmara dos Representantes dos EUA, um projeto de lei busca proibir a entrada de autoridades estrangeiras que violarem a liberdade de expressão.

Recentemente, o STF abriu inquérito para investigar se Eduardo Bolsonaro atuou contra o Judiciário fora do Brasil, levando à sua crítica sobre a decisão. O PT também pediu a abertura de processo de cassação contra ele.

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