A esta altura a gente pode esperar tudo de Israel, diz pai de brasileiro preso após tentar chegar a Gaza
Família de ativista brasileiro detido em missão humanitária clama por apoio do governo. Thiago Ávila, que se recusou a assinar termo de expulsão, permanece em custódia em Israel.
Detenção de Thiago Ávila, único brasileiro a bordo de um navio tentando romper o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza, mantém sua família em alerta desde domingo (8).
Seu pai, Ivo Filho, expressou preocupação com a possibilidade de ação israelense e compartilha informações com seus seguidores e políticos para pressionar o governo brasileiro.
Ávila estava no Madleen, que buscava levar ajuda humanitária, quando foi interceptado pela Marinha israelense a cerca de 185 km de Gaza. A missão foi coordenada pela Freedom Flotilla e incluía ativistas como Greta Thunberg.
Ivo defende que o objetivo do navio era dar visibilidade ao movimento, enfatizando a necessidade de furar o bloqueio para facilitar a ajuda à população de Gaza.
Na noite de segunda, o Itamaraty informou que Ávila estava no aeroporto Ben Gurion, com funcionários da embaixada. Esperava-se que os ativistas fossem deportados, mas apenas quatro foram liberados.
O ativista e outros oito, incluindo Ávila, recusaram-se a assinar o termo de expulsão, decisão apoiada por Ivo, que afirma que eles não cometeram crime algum.
O bloqueio de Israel à Gaza foi intensificado desde outubro de 2023, deixando a população em situação alarmante. Organizações humanitárias relatam que 100% da população está em risco de crise alimentar, com mais de um quinto enfrentando níveis catastróficos de fome.