A economia comportamental pode 'dar um empurrão' para mais crescimento?
David Halpern defende a adoção de políticas públicas baseadas em ciência comportamental para impulsionar o crescimento econômico no Reino Unido. Apesar das sugestões promissoras, a eficácia dessas abordagens permanece incerta e limitada a problemas específicos.
David Halpern, fundador da Behavioural Insight Team, defende em discurso que políticas públicas informadas pela ciência comportamental poderiam aumentar a taxa de crescimento econômico do Reino Unido.
A política pública comportamental é definida por dois elementos principais:
- Reconhecimento de que o comportamento humano não segue sempre os modelos econômicos tradicionais.
- Testes rigorosos de novas ideias por meio de experimentos controlados randomizados.
Halpern exemplifica com um experimento da BIT que reduziu faltas ao NHS através de mensagens de texto, economizando até £ 220 milhões por ano. No entanto, essa economia não representa uma estratégia de crescimento significativo.
Uma possível abordagem seria expandir experimentos em áreas como educação, saúde e segurança, buscando soluções para problemas maiores:
- Baixa qualidade da educação técnica;
- Infraestrutura deficiente;
- Baixos investimentos empresariais;
- Empresas improdutivas;
- Regulamentações pesadas.
Halpern elogia o “apprenticeship levy”, um imposto para financiar programas de aprendizagem, como um exemplo positivo de contabilidade mental. Sugestões incluem:
- Imposto compulsório para financiamento de P&D setorial;
- Criação de "potes mentais" para empresários.
Embora algumas questões de infraestrutura necessitem de liderança mais do que de ciência comportamental, Halpern propõe uma mudança de atitude: o governo deve ser mais otimista. Investimentos aumentam quando as empresas se sentem confiantes, o que pode ser favorecido por um clima positivo nas declarações públicas.