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A desaceleração da economia

Desaceleração econômica no Brasil leva a demissões e fragiliza o setor de serviços. A expectativa é de cortes na Selic, mas desafios internos e externos ameaçam a recuperação.

Economia brasileira mostra sinais claros de perda de fôlego.

A queda do PIB trimestral e a retração do setor de serviços, que representa cerca de 70% dos empregos formais, refletem o impacto de um ciclo prolongado de juros elevados.

O IBC-Br registrou uma queda de 0,74% em maio, a primeira taxa negativa do ano, indicando um desaceleração econômica.

O mercado de trabalho já sente os efeitos: o setor de serviços teve 5 meses consecutivos com mais demissões que admissões, de acordo com dados do Caged.

A política monetária rigorosa ajudou a controlar a inflação, mas também freou o crescimento. O Banco Central pode iniciar cortes na Selic a partir de janeiro do próximo ano.

A projeção de inflação é de 5,02% em 2025 e 4,80% em 2026, sugerindo um processo de desinflação gradual.

Desafios externos surgem com as novas tarifas dos EUA, que podem diminuir a demanda externa e ameaçar a produção e emprego no Brasil. O governo deve buscar negociações diplomáticas em vez de retaliações.

Por dentro, o aumento de encargos sobre operações financeiras internacionais pode desestimular investimentos estrangeiros. A solução estrutural requer um ajuste fiscal para evitar aumento da dívida e juros de longo prazo.

A aprovação da PEC 66 de 2023, que parcela precatórios, pode trazer alívio temporário, mas tem o risco de comprometer a credibilidade fiscal.

O Brasil enfrenta uma fase de desinflação e crescimento mais fraco. A continuidade dos juros altos tornou-se contraproducente, e a âncora fiscal é essencial para retomar uma trajetória de crescimento.

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