A bebê de Gaza enviada de volta à zona de guerra após cirurgia no coração
Mães de crianças doentes que foram tratadas na Jordânia expressam preocupação com o retorno a Gaza após o colapso do cessar-fogo. Elas temem por suas vidas e a falta de atendimento médico adequado na zona de conflito.
No campo de refugiados de al-Shati, em Gaza, Enas Abu Daqqa, 33, segura sua filha Niveen, de sete meses. Niveen nasceu com problemas cardíacos e sua saúde é delicada.
Após um tratamento urgente na Jordânia possibilitado por um cessar-fogo, Niveen e outras 29 crianças foram levadas para hospitais jordanianos. Elas faziam parte de um plano para tratar 2.000 crianças de Gaza, anunciado pelo rei Abdullah.
Entretanto, o cessar-fogo durou pouco e a guerra recomeçou. Enas recebeu a notícia de que ela e sua família seriam enviadas de volta a Gaza, pois Niveen havia "concluído" o tratamento, o que a deixou chocada.
De volta a Gaza, Enas teme pela vida de Niveen, afirmando que sua saúde piorou. Outras famílias também compartilham preocupações similares sobre a falta de cuidados e a precariedade da situação.
A Jordânia enviou 17 crianças de volta a Gaza, afirmando que todas estavam em boas condições, mas algumas famílias contestam esse relato e expressam receios sobre a vida sob o cerco israelense.
O cerco começou há 11 semanas, gerando risco crítico de fome para os palestinos. Recentemente, Israel permitiu a entrada de alimentos mínimos após pressões internacionais.
'Vivemos com medo e fome', diz Nihaya, que teme pela saúde de seu filho, Mohammed. Ambas as famílias, de Enas e Nihaya, agora enfrentam a realidade brutal de Gaza, temendo pela saúde de suas crianças.
Ambas reconhecem a qualidade do tratamento na Jordânia, mas temem que o retorno à guerra anule o progresso que seus filhos fizeram. Enas e Nihaya imploram por cuidados contínuos, desesperadas para garantir a saúde de suas crianças.