8/1: Abin soube da gravidade na véspera, mas não sabia trajeto de ato, diz ex-diretor
Ex-diretor da Abin revela que alertas sobre atos de vandalismo em Brasília começaram antes do dia 8 de janeiro. Ele destaca a falta de informações sobre o fluxo de manifestantes e critica a atuação de órgãos de segurança.
Depoimento no STF: Saulo Moura da Cunha, ex-diretor da Abin, declarou que o órgão só conseguiu avaliar a gravidade dos atos de 8 de Janeiro na véspera dos eventos, quando vândalos depredaram prédios dos Três Poderes em Brasília.
Convocação: Cunha foi chamado como testemunha de defesa para Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro e réu na ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado.
Falta de informação: Segundo Saulo, a Abin não sabia do trajeto dos manifestantes até as 8h do dia 8, recebendo informações da Polícia Federal sobre 100 ônibus na Granja do Torto, transportando quase 5 mil pessoas.
Alertas prévios: Desde 2 de janeiro, o Sistema Brasileiro de Inteligência já recebia alertas sobre manifestações, com convocações para atos violentos. O primeiro alerta contundente ocorreu na noite do dia 6.
Participação do Sisbin: O Sisbin inclui diversas agências como GSI, Ministério da Justiça e as Inteligências das Forças Armadas. No dia 7, Saulo fez contato com a Segurança Pública do DF para discutir os desdobramentos das manifestações.
Falta de coordenação: Cunha ressaltou que a Abin não obteve informações de outros órgãos sobre o fluxo de pessoas a Brasília antes do dia 8. A Polícia Rodoviária Federal não forneceu dados sobre ônibus nas estradas.
Testemunhos adicionais: O ex-diretor de operações da PRF, Djairlon Moura, afirmou que blitze realizadas em 2022 não impediram o fluxo de transporte, enquanto Braulio do Carmo Vieira, ex-secretário de operações do Ministério da Justiça, criticou Anderson Torres por falta de conhecimento técnico.
Próximos passos: O julgamento prossegue com depoimentos de Victor Godoy, ex-ministro da Educação, e outros funcionários da PF e da Abin na gestão Bolsonaro.