59% apoiam operação da PF contra Jair Bolsonaro, enquanto 41% criticam, aponta Quaest
A mobilização nas redes sociais reflete um sentimento polarizado em relação à operação, com grandes debates sobre censura e justiça. Entre acusações de abuso de poder e celebrações da ação, as opiniões foram intensificadas por convites a protestos.
Operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, deflagrada em 18 de novembro, mobilizou as redes sociais: 59% das menções apoiaram a ação, enquanto 41% defendiam o ex-presidente, segundo a Quaest.
O instituto monitorou mais de 1,3 milhão de publicações, com pico de 150 mil menções por volta das 10h. A operação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, investiga um suposto plano de Bolsonaro para pressionar o governo americano a interferir em seu julgamento de tentativa de golpe de Estado.
Entre as medidas, estão: restrições nas redes sociais, mandados de busca e apreensão e a imposição de tornozeleira eletrônica.
Defensores de Bolsonaro alegam que a operação é um caso de censura e perseguição política, com termos como “ditadura” citados em 10% das postagens. Eles argumentam que as medidas do STF extrapolam limites legais sem condenação formal.
Por outro lado, perfis de esquerda ironizam as medidas, exaltando a tornozeleira como símbolo de justiça. Hashtags como “Bolsonaro na cadeia” e “Grande dia” foram populares entre apoiadores do STF.
A Quaest destacou que as buscas por “Bolsonaro” aumentaram cinco vezes no Google, com crescimento também nas pesquisas por “tornozeleira”. O nome de Moraes teve crescimento mais discreto.
Grupos bolsonaristas em WhatsApp e Telegram intensificaram ataques ao STF, representando 32% das mensagens monitoradas. Convites para protestos e paralisações de caminhoneiros começaram a surgir, assim como teorias conspiratórias envolvendo o STF e Lula.