48% veem exagero em novos impostos propostos por Lula, aponta Quaest
Levantamento mostra divisão de opiniões sobre as propostas tributárias do governo, com forte influência de fatores como política, renda e idade. Enquanto eleitores de Lula tendem a apoiar as medidas, a crítica prevalece entre os que votaram em Bolsonaro e nas faixas de renda mais altas.
Pesquisa do instituto Quaest revela que 48% dos eleitores consideram que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exagera nas propostas de aumento de tributos.
Por outro lado, 41% avaliam que Lula está "fazendo justiça" ao tentar reequilibrar as contas públicas.
As propostas estão em análise pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visando preservar a arrecadação e viabilizar metas fiscais.
O levantamento mostra correlação entre posicionamento político e percepção fiscal:
- 63% dos eleitores que votaram em Lula apoiam as medidas.
- 72% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL) consideram que há exagero.
A avaliação varia por faixa de renda:
- Até dois salários mínimos: 46% aprovam as propostas; 41% veem exagero.
- Mais de cinco salários mínimos: 54% consideram as medidas excessivas; 37% as veem como justas.
Entre faixas etárias:
- Mais de 60 anos: 51% aprovam as ações do governo.
- 16 a 34 anos: apenas 33% concordam, 56% avaliam exagero.
No Nordeste, 46% afirmam que Lula "faz justiça". No Sudeste e Sul, 51% criticam: "governo exagera".
Na região Sul, apenas 36% apoiam, com uma diferença negativa de 15 pontos percentuais.
No Centro-Oeste e Norte, números equilibrados: 40% veem justiça, 48% apontam exagero.