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2024 foi o ano em que travessias mataram maior número de imigrantes

Relatório revela que 2024 bateu recorde de mortes na migração, com 9.002 vítimas. A maioria dos incidentes ocorre em condições precárias, em meio a crises humanitárias e conflitos armados.

Relatório da OIM mostra que 2024 foi o ano mais letal para travessias migratórias, com 9.002 mortos e desaparecidos. Desde 2014, totalizam-se 74.408 vidas perdidas.

A maioria das vítimas (72%) vinha de áreas com crises humanitárias ou tentava escapar delas. Os países mais afetados incluem Afeganistão, Mianmar, Etiópia, Síria, Guatemala e Venezuela.

A rota mais insegura continua sendo o Mediterrâneo central, com quase 32 mil mortes. Falta de dados confiáveis em zonas de guerra pode tornar o número real de fatalidades ainda maior, segundo a autora Julia Black.

Os números de imigração estão sob pressão, com **políticas** mais rigorosas nos EUA e na Europa. A Comissão Europeia lançou uma nova "lista de países de origem seguros", o que tornará mais difícil o acesso ao pedido de asilo para cidadãos de nações como Kosovo, Bangladesh, Colômbia, Egito, Índia, Marrocos e Tunísia.

Segundo ativistas, essa mudança na política da UE visa minimizar a imigração, mas pode resultar em violações de direitos humanos. A Líbia é a líder em registros de imigrantes mortos, com 8.680 vítimas.

Pope, diretora da OIM, ressalta a necessidade de investir em estabilidade e oportunidades nas comunidades para que a migração seja uma escolha, não uma necessidade, promovendo assim caminhos seguros para os migrantes.

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