África registra redução nos casos de mpox, mas detecta nova cepa na RD Congo
A redução nos casos de mpox na África é encorajadora, mas a deteção de uma nova variante na República Democrática do Congo levanta preocupações sobre a vigilância e controle da doença. Medidas de prevenção e vacinação continuam sendo essenciais diante da situação epidemiológica.
A África registrou uma redução sustentada nos casos de mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, nas últimas oito semanas, segundo a União Africana.
Embora tenha havido um aumento de 1% nos casos suspeitos, os casos confirmados caíram 27%, de 755 na semana 28 para 553 na semana 29.
Dos 27 países afetados, foram registradas 16 mortes por casos suspeitos e 11 por casos confirmados, totalizando um aumento de 420% nas mortes, de 45 em 2024 para 189 em 2025, atribuído a melhorias na vigilância.
Até agora em 2024, foram registradas 91.159 pessoas suspeitas de infecção, um aumento de 114%, e 28 mil confirmadas, aumentando 144% em relação ao ano anterior.
Em países como RD Congo, Uganda, Burundi e Serra Leoa, a tendência é de queda, apesar do número de casos suspeitos ainda elevado.
Na República Democrática do Congo, os casos confirmados diminuíram 42% na última semana, com 845 infecções ativas. A capital, Kinshasa, detectou a variante clado IIB, anterior da África Ocidental, levantando preocupações sobre a vigilância.
Em Serra Leoa, o aumento de casos é atribuído à busca ativa em comunidades, com 247 casos ativos e cobertura de 100% em testes.
No Malawi, os casos confirmados triplicaram em uma semana, com uma taxa de positividade de 64%. O país também melhorou a vigilância comunitária.
Até agora, 11 países receberam vacinas, com mais de 3 milhões de doses enviadas ao continente e cerca de 938 mil administradas. Novas remessas de vacinas dos EUA foram distribuídas a sete países com transmissão ativa.
A mpox é uma doença viral zoonótica que pode causar sérias complicações e morte se não tratada a tempo.